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Terezinha e Gabriela - Ruth Rocha
Gabriela menina, Gabriela levada. Ô, menina encapetada… Gabriela sapeca: – Menina, como é que você se chama? – Eu não me chamo, não, os outros é que me chamam Gabriela. Gabriela serelepe: – Menina, para onde vai essa rua? – A rua não vai, não, a gente é que vai nela. Gabriela na escola: – Gabriela, quem foi que descobriu o Brasil? – Ah, professora, isso é fácil, eu só queria saber quem foi que cobriu. Gabriela não deixava a professora em paz: – Professora, céu da boca tem estrelas? – Professora, barriga da perna tem umbigo? – Professora, pé de alface tem calos? Gabriela era quem inventava as brincadeiras: – Vamos brincar de amarelinha? Todo mundo ia. – Vamos brincar de pegador? Todos concordavam. Todos queriam brincar com Gabriela. Foi aí que mudou, para a mesma rua da Gabriela, a Teresinha. Teresinha loirinha, bonitinha, arrumadinha. Teresinha estudiosa, vestida de cor-de-rosa...
A Bruxa da Rua Mufetar - Pierre Gripari
Era uma vez uma bruxa velha que morava em Paris, no bairro dos Gobelins. Era uma bruxa muito velha mesmo, e muito feia, mas o maior desejo dela era se transformar na moça mais linda do mundo. Um belo dia, ela viu um anúncio no Jornal das Bruxas: MINHA SENHORA! Se a senhora é VELHA e FEIA pode tornar-se JOVEM e BONITA! É só COMER UMA MENINA com molho de tomate! E, mais embaixo, com letras menores: Atenção! É indispensável que o nome da menina comece com a letra N! Ora, naquele bairro havia uma menina que se chamava Nádia. Era a filha mais velha do Seu Said, o dono da mercearia da rua Brocá. “Tenho que comer a Nádia”, pensou a bruxa. Certo dia, a Nádia estava indo até a padaria, quando uma velhinha começou a puxar conversa com ela. – Bom dia, Nádia! – Bom dia, minha senhora! – Pode me fazer um favor? – Que favor? – Queria que você me trouxesse uma lata de molho de tomate da mercearia do seu pai. Assim não preciso ir até lá. Ando tão can...
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