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Mostrando postagens de junho, 2018

O Cachorro do menino - César Obeid

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Especial Férias: https: //www.youtube.com/watch?v=D3F9muAPtUo  

Segredo de Cientista - Stella Carr

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Lino vinha todo dia espiar pra ver se crescia de novo o rabo do bicho que ele tinha prendido na porta, sem querer.  Então descobriu: lagartixa bota ovo! Encontrou no racho do muro, onde o animalzinho fora se esconder fugindo dele, os ovos moles e esbranquiçados. Pegou, curioso, um pouco enojado.  Depois esmagou um a um contra a parede pra ver o que tinha dentro. Daí começou a reparar nos bichos pequenos. Desenterrava minhocas. Prendia moscas no copo e ficava olhando. – Não põe porcaria no copo onde se bebe – a mãe bronqueava. Então descobriu as formigas. Com um pau, cutucava o formigueiro. Um dia entrou em casa gritando, os insetinhos subindo pelas pernas. A avó botou um ungüento (remédio de gente velha, que ela guardava em potes na gaveta da mesa de cabeceira). Então Lino aprendeu a abrir o formigueiro com cuidado, sem pisar em cima. Tirava os ovos brancos de dentro, olhava, examinava. – É curiosidade científica dele! – o pai dizia. E deu-lhe uma len

Pedro Malasartes e a Sopa de Pedra - Contos Tradicionais do Brasil

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                  Pedro Malasartes, um caipira danado de esperto, estava morto de fome e sem dinheiro algum. Precisava arranjar alguma ocupação que lhe desse o dinheiro suficiente para conseguir comprar comida.        Cansado de perambular em Porrete Armado, o nome do lugarejo em que se encontrava, decidiu parar e descansar na porta de um pequeno armazém de secos e molhados; desses encontrados no interior e onde é possível comprar de tudo que se pode imaginar.       Pegou sua viola e começou a cantar uma moda, na esperança de que alguém lhe desse alguns trocados. Mas além de nada conseguir, os fregueses que bebiam no balcão quase o expulsaram por “incomodar” sua conversa. Eles conversavam sobre uma senhora, Dona Agromelsilda, moradora da região e que era conhecida por sua excessiva avareza.         A conversa caminhava assim:     - Gente, vocês não imaginam como é “unha de fome” aquela Dona Agromelsilda, que mora para os lados do estradão da Grota Fund

A Árvore que dava Dinheiro - Pedro Malasarte

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Vendo-se apertado com a falta de dinheiro e não querendo ter arenga com o dono da pensão, Malasarte saiu, naquela manhã, bem cedo, para ganhar a vida. Arranjou com o vendedor de mel de jataí um bocado de cera; trocou na mercearia de Seu Joaquim a única nota de dinheiro que lhe sobrara, por algumas de moedas de vintém e caiu na estrada. Caminhou por obra de uma légua ou mais, quando avistou uma árvore na beira da estrada. Chegando ao pé da árvore, parou e pôs-se a pregar os vinténs à folhagem com a cera que arranjara.  Não demorou muito, deu de aparecer na estrada um boiadeiro que vinha tocando uns boizinhos para vender na vila. E como já ia levantando um solão esparramado, a cera ia derretendo e fazendo cair às moedas. Malasarte, fazendo festas, as apanhava. O boiadeiro acercou-se curioso, perguntou-lhe o que fazia, e Malasarte explicou: — Esta árvore é deveras encantada, patrão. As suas frutas são moedas legítimas. Estou colhendo todas, porque vou me bandear pra outra