O Jogo e a Educação - D. W. Pereira; I. Armbrust





Quem nunca jogou taco, rebatida, futebol, peteca ou algo do gênero?
Lembra da sensação de subir em árvores, alambrados e até muros da escola, de balançar ou brincar na gaiola do parquinho com os amigos? 

Provavelmente, essas pequenas recordações fazem relações com o rumo que a vida foi tomando para chegar à trilha de uma profissão maravilhosa, que é ensinar ou, pelo menos, mediar relações com valores educativos por meio de ações motoras. 

Os jogos representam um grande fascínio na sociedade. Eles permitem viver emoções, conflitos, discussões, resoluções, estratégias, relações, enfim, diversas categorias que servem para determinar os tipos de jogos existentes, suas classificações, suas compreensões e seus objetivos. 

Existem os jogos que se configuram a partir das construções humanas, com suas próprias finalidades, mas também podemos entende-los e nos apropriarmos para utilização didática à concepção e criações de jogos/problemas, pois estes vão fundamentar todo o processo construtivo de formação integral que falamos anteriormente. 

O gosto pela competição, a busca da sorte, o prazer pela simulação e a atração pelo vertiginoso surgem, indiscutivelmente, como fatores preponderantes do jogo. 

O jogar pode ser visto como uma atividade representativa e interpretativa, que combina entre ações concretas ligadas ao imaginário. Sendo assim, durante os momentos que as crianças estão em situação de jogo, elas expressam sua natureza psicológica e aspectos positivos que ilustram bem o seu comportamento. 

Tais comportamentos, não precisam ser entendido por ideias positivistas e concepções fragmentadas de analisar de modo isolado: as regras, as atitudes não sérias, os voluntarismos, entre outras coisas. 

O jogo é um complexo sistema que possibilita verificar os gostos, os conflitos, as argumentações, os jeitos de fazer, as relações e outros elementos que potencializam aprendizado de algo motivador. 

O jogo contém sempre uma interpretação subjetiva que permite ao participante interagir de acordo com sua compreensão da realidade, isto permite uma liberdade em direção oposta à objetividade das regras e das instituições. 

Geralmente, as crianças escolhem algo próximo do que conhecem para fantasiar, desta maneira é importante ter clareza que o jogo não é só subjetivo, é também, objetivo.  

Assim, é possível contemplar durante os conteúdos desenvolvidos, uma didática do jogo e sua relação com os momentos de experimentação, descoberta e organização, atentando-se para o desenvolvimento qualitativo do ser humano, a partir de sua interação e experimentação com o mundo externo para reconhecer e internalizar suas aprendizagens. 

O interesse e a espontaneidade da criança pelo brincar, pelo jogar superam diversas experiências diretivas. Ao se apropriar de estimulações de jogos, extrapolar as formas originais, ou mesmo iniciais, permitirá os alunos acessarem novos saberes. Aproximem os jogos escolhidos das variações pedagógicas detalhadas no texto anterior para potencializar saberes.


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